Em 2021, a soma dos dividendos distribuídos por Petrobras e Vale são superiores ao total distribuído por todas as demais empresas da bolsa. Vale distribuiu o maior volume da história em 2021

O levantamento considera todas as empresas de capital aberto para as quais temos dados disponíveis entre 2010 e 2021. As empresas sem dados disponíveis nesse período foram excluídas. Todos os valores são nominais, sem ajuste por inflação. Os dados são obtidos da Demonstração dos Fluxos de Caixa entregue pelas empresas à CVM. A amostra conta com 226 empresas com dados em todas as datas analisadas. Tendo em vista que os números da Petrobras e Vale são muito elevados as excluímos para não distorcer a amostra. Evolução de 2010 a 2021 sem Petrobras e Vale Em 2021, o volume de dividendos e JCP distribuído pelas 226 empresas da amostra foi de R$ 145,2 bilhões, que é o maior valor já desembolsado pelas empresas. Em 2020, foram distribuídos 82,5 bilhões em dividendos e JCPS valor -30,5% inferior ao do ano de 2019. O volume distribuído em 2021 é 76% superior ao do ano de 2020 e 22,4% superior ao de 2019.

Vale + Petrobras Vs empresas No gráfico a seguir plotamos a evolução do volume de dividendos e JCP distribuído pela Petrobras, Vale e pelas duas em conjunto (Petrobras+Vale), além do acumulado das 226 empresas com dados disponíveis de 2010 a 2021. Em 2021, a Petrobras distribuiu R$ 72,72 bilhões e a Vale distribuiu R$ 73,29 bilhões. A soma das duas empresas no ano de 2021 é de R$ 146,01 bilhões, valor superior aos R$ 145,2 bilhões distribuído pelo acumulado das 226 empresas para as quais temos dados disponíveis de 2010 até 2021. Em 2020, a Petrobras e a Vale juntas distribuíram R$ 25,37 bilhões. Entre 2010 e 2020, o maior valor distribuído aconteceu no ano de 2011, quando as duas empresas desembolsaram R$ 25,78 bilhões.

Recordes A tabela a seguir traz as 20 empresas com os maiores volumes de dividendos e JCP distribuídos de 2010 até 2021 em valores nominais, sem ajuste pela inflação. A Vale, com seus R$ 73,2 bilhões distribuídos no ano de 2021, lidera lista a empresa e aparece em outras cinco oportunidades entre os maiores da lista. Petrobras é a segunda da lista, com R$ 72,7 bilhões. A empresa tem mais um registro entre as 20. O Santander Brasil e o Bradesco têm dois registros cada um, o Itaú Unibanco e a AMBEV estão em quatro oportunidades, e a Vale lidera a lista com 6 posições. Os 20 maiores volumes de dividendos e JCP estão concentrados em quatro setores: bancos com oito registros, Minerais Metálicos em seis oportunidades, Cervejas e Refrigerantes em quatro posições, e Exploração, Refino e Distribuição em duas oportunidades.

Setores com maior volume desembolsado em dividendos e JCP´s Na tabela a seguir listamos a distribuição dos dividendos e JCP por 25 setores. O setor de bancos, com 19 instituições, desembolsou R$ 37,0 bilhões em dividendos e JCP no ano de 2021, valor -38,7% inferior ao distribuído no ano de 2019, ano em que o setor teve a sua maior distribuição de dividendos e JCP. O setor de energia, com 33 empresas, desembolsou R$ 31,9 bilhões em 2021, que é o melhor registro historicamente. Dos 25 setores analisados, dez atingiram seu melhor momento no ano de 2021. O setor de Software e Dados, com R$ 727 milhões distribuídos em 2021, valor 90% inferior ao melhor registro do setor que aconteceu no ano de 2018, quando distribuíram R$ 7,3 bilhões. Em 2021, dez setores distribuíram valores inferiores ao de 2019 (Pre-Pandemia). O setor de educação tem o maior recuo entre 2021 e 2019. Em 2019, o setor distribuiu R$ 669 bilhões e em 2021 distribuiu R$182 bilhões, o que representa uma queda de -72,7%

Empresas que mais distribuíram dividendos e JCP´s em 2021 Na tabela a seguir temos as 25 empresas que mais distribuíram dividendos e JCP em 2021. A amostra considera todas as empresas listadas na B3 e com demonstrativos financeiros disponíveis em 2021. A Vale lidera a lista com R$ 73,2 bilhões, seguida pela Petrobras com 72,7 bilhões. AMBEV é a terceira, com R$ 11, 11 bilhões, a quarta é o Banco Santander, com R$ 9,99 bilhões e o Bradesco fecha o TOP 5 com R$ 9,91 bilhões. Seis empresas são do setor de Energia Elétrica, quatro são Bancos, outros quatro setores têm duas empresas e sete outros setores têm uma empresa cada.

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