Setor de construção – Análise das Vendas, Lucro, Dívida e Valor de mercado

Economatica consolida o desempenho de 16 empresas do setor de construção civil de 2009 até 2015, todas as análises foram elaboradas com base nos demonstrativos financeiros apresentados pelas empresas à CVM.

Setor de Construção

Análise de Vendas – Setor

As vendas do setor de construção atingem R$ 23,8 bilhões no ano de 2015, queda de 18% com relação a 2014. O resultado de 2015 é o menor valor já atingido desde 2009, quando as mesmas empresas venderam R$ 18,3 bilhões. O melhor ano aconteceu em 2011 quando as 16 empresas tiveram receita líquida R$ 33,3 bilhões. Se excluímos a PDG da amostra a queda do faturamento em 2015 com relação a 2014 é de 11,3%.

Análise de Vendas – Empresas

A MRV é a empresa da amostra com maior volume de vendas em 2015, com R$ 4,76 bilhões, o que representa 19,9% do total de faturamento do setor. As vendas da MRV em 2015 apresentaram crescimento nominal (sem ajuste pela inflação) de 13,8% com relação ao ano de 2014. Das 16 empresas da amostra, cinco têm crescimento das vendas em 2015 com relação a 2014, uma está estável e dez apontam queda das vendas, sendo a PDG Realt a empresa com maior queda de faturamento.

Análise de Lucro Líquido – Setor

As 16 empresas acumularam prejuízo de R$ 1,7 bilhões no ano de 2015; em 2014 as mesmas empresas fecharam o ano com lucro de R$ 1,09 bilhões. O melhor ano das empresas aconteceu em 2010, quando lucraram R$ 4,2 bilhões. Nos sete anos da amostra o setor de construção teve prejuízo acumulado somente duas vezes, uma em 2012 com -R$560,0 milhões e outra em 2015, com – R$ 1,7 bilhões. Se desconsiderarmos a PDG da amostra, que em 2015 acumula prejuízo de R$ 2,76 bilhões, o resultado das 15 empresas no ano de 2015 é de lucro de R$ 1,05 bilhões, queda de 35,1 % com relação ao ano de 2014.

Análise de Lucro Líquido – Empresas

A empresa com maior lucro em 2015 é a MRV com R$ 547,5 milhões, queda de 24% com relação ao ano de 2014, quando a empresa lucrou R$ 720,2 milhões. Na contramão encontramos a PDG, que em 2015 tem prejuízo de R$ 2,76 bilhões e em 2014 registrou prejuízo de R$ 529,2 milhões. 11 das 16 empresas da amostra têm lucro em 2015. A JHSF é a empresa que tem o maior crescimento percentual, no ano de 2014 a empresa registrou lucro de R$ 41,7 milhões contra R$ 108,3 milhões em 2015, crescimento de 159,3%.

Análise de Dívida Bruta Total – Setor

As empresas do setor de construção fecharam 2015 com dívida de R$ 25,1 bilhões, queda pelo terceiro ano consecutivo. A dívida em 2014 é de R$ 29,5 bilhões, o que representa queda de 14,8% em 2015. Sem a PDG a dívida das empresas em 2015 é de R$ 21,5 bilhões, queda de 12,2% com relação a 2014.

Análise de Dívida Bruta Total – Empresas

A Cyrela Realt é a empresa com maior estoque de dívida no ano de 2015, com R$ 3,74 bilhões, seguida pela PDG com R$ 3,61 bilhões. Das 16 empresas somente 3 têm crescimento da dívida em 2015 com relação a 2014 (Helbor, Even e Viver).

Análise de Valor de Mercado – Setor

O valor de mercado das empresas em 2015 é de R$ 14,0 bilhões. No dia 8 de abril de 2016 as empresas fecharam com R$ 17,6 bilhões. O pico do valor de mercado aconteceu no ano de 2010, com R$ 51,3 bilhões, o que representa uma queda com relação a abril de 2016 de 65,6%.

Análise de Valor de Mercado – Empresas

A MRV é empresa com maior valor de mercado em abril de 2016, com R$ 5,32 bilhões. Do pico em 2010 até abril de 2016, as empresas Rossi, PDG e Viver perderam mais de 98% de valor de mercado.

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