O índice Ibovespa é o principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 e reúne as ações das empresas mais importantes do mercado brasileiro.
Esse índice é uma carteira de ações teórica que já possui mais de 50 anos e é recomposta a cada 4 meses. Nos últimos 25 anos, ele saiu de 51 ações em sua composição, no final de 1997, chegando a 92 ações em novembro de 2022.
A seguir detalhamos as principais características de composição do índice nos últimos anos.
Quantidade de Ações
Em dezembro de 1997, o Ibovespa era formado por 51 ações, sendo a ação com maior peso a VALE5, representando 41,0% do índice.
O período em que o índice teve maior quantidade de ações foi em dezembro de 2021, quando chegou a 93 ações.
Em novembro de 2022, o IBOV conta com 92 ações, mas a Vale continua tendo o maior peso no índice (VALE3 com 17,8%).
Ações que já Passaram pelo Ibovespa
Nessa janela de 25 anos, 214 ações passaram pela composição do Ibovespa, algumas das quais não estão mais listadas em bolsa, como é o caso das ações da Sharp (SHAP4), da Souza Cruz (CRUZ3) e da Smiles (SMLS3).
O quadro a seguir apresenta as ações listadas por ordem alfabética.
Ações que Ficaram no Ibovespa por mais Tempo
Entre as 92 ações que compunham a carteira teórica do Ibovespa estavam 10 empresas que tiveram ações em TODAS as carteiras dos últimos 25 anos (300 meses). São elas: Vale, Petrobras, Usiminas, Bradesco, ItauUnibanco, Itausa, CSN, Banco do Brasil, Braskem e Cemig.
Além dessas empresas, outras 4 empresas possuíram ações em mais de 90% das carteiras: Eletrobras, Embraer, Vivo e Sabesp.
A maior participação histórica no índice foi da Vale, que chegou a representar 54,5% de uma das carteiras do índice. Já a Petrobras chegou a representar 37,6% apenas com a PETR4.
Participação Histórica dos Setores no Ibovespa
A participação histórica dos setores B3 na composição do índice Ibovespa tem mudado bastante desde o final do ano 2000. No final daquele ano, o setor com maior representação no Ibovespa era “Petróleo, Gás e Biocombustíveis” com 40,5%. Esse peso foi reduzido a 13,7% já em ago/2005, chegando atualmente a 17,3%.
“Materiais Básicos” também merece destaque, partindo de 18,3% no final de 2000, chegando a 45,4% em dez/2005 como principal setor, chegando atualmente a 18,1%.
Já o setor “Financeiro” em dez/2000 representava apenas 5,1% do Ibovespa. Esse setor foi ganhando espaço continuamente até alcançar 38,2% em abr/2015, o que era mais que o dobro do segundo colocado (Consumo Não Cíclico com 17,4%). Atualmente o Financeiro continua sendo o setor com maior peso no IBOV, com 26,2% do índice.
Participação Histórica de Petrobras e Vale no Ibovespa
Vale e Petrobras há anos têm maiores pesos na composição do índice Ibovespa. No final de 2005, Petrobras representava 14,6% e Vale 12,9% do índice. Juntas, as duas empresas representavam cerca de 27,5% do índice.
Ao longo dos anos, o peso das duas empresas foi encolhendo, especialmente nos anos de 2014 e 2015, quando a Petrobras enfrentou o escândalo da Lava Jato e a Vale se deparou com o rompimento da barragem de Mariana-MG. Isso em conjunto com um período de desvalorização das commodities.
Nos anos mais recentes, petróleo e minério se valorizaram bastante, o que fez com que Petrobras e Vale voltassem a ganhar espaço no Ibovespa. O topo mais recente ocorreu em fev/2022, com as duas empresas representando 28,2% do Ibovespa. Em nov/2022, Petrobras perdeu peso devido à desvalorização pós-eleição presidencial, chegando a 9% do IBOV, enquanto Vale representa 17,8% do índice e, juntas, somam 26,8% do Ibovespa.
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