Desempenho de fundos: Ações livre versus previdência de ações ativo, 2021-2023

Dois dos principais veículos de investimento delegado em ações são os Fundos de Ações Livres e os Fundos de Previdência em Ações Ativos, segundo a classificação da ANBIMA. Os dados de desempenho podem ser coletados na base de dados da Economatica.

Com esses dois tipos de fundo, o investidor poderia provisionar recursos para a sua aposentadoria, em particular se optasse por carteiras diversificadas de ações e apostasse em uma postura ativa de investimento por parte do gestor da carteira.

Entretanto, seria interessante saber como se compara o desempenho dessas duas categorias semelhantes de fundos no mercado brasileiro.

Para essa finalidade, foram analisados os dados de desempenho mensal dos 20 maiores fundos de ambas as categorias, sendo o tamanho medido pelo Patrimônio Líquido Médio nos últimos 12 meses no início de dezembro de 2023. Foram escolhidos fundos cujo benchmark explicitamente declarado fosse o Ibovespa, o IBRX ou o IBRX-100.

Por fim, foi usado como métrica de desempenho o chamado Sharpe Ratio Generalizado (SRG), que é calculado como descrito a seguir:

SRG = (retorno médio mensal do fundo – retorno médio mensal do Ibovespa)/desvio-padrão do retorno mensal do fundo

Nota-se, assim, que o numerador envolve subtrair o retorno médio do benchmark mais apropriado para o risco típico das carteiras, ao invés de subtrair o retorno do ativo livre de risco.

Foram analisados os dados de janeiro de 2021 e novembro de 2023. Nesse período, o IBOVESPA teve um retorno mensal médio de +0,0030 (+0,3%). Por construção, como fica evidente a partir da fórmula acima, o valor do SRG do índice é igual a zero, e dessa forma os fundos que “batem” o índice são aqueles que obtêm SRG positivo.

No período analisado, 10 dos 40 fundos analisados obtiveram SRG positivo. No caso dos 20 fundos de ações, o SRG médio foi igual a -0,0189, e o SRG médio dos 20 fundos de previdência analisados alcançou -0,0447, ou seja, mais do que o dobro dos fundos da outra categoria.

Portanto, o investidor que considerasse as duas classes como produtos substitutos próximos aos quais delegar a gestão de suas aplicações, deveria optar por aplicar diretamente em fundos de ações, mesmo que essa aplicação visasse acumular recursos para a sua aposentadoria.

Na tabela a seguir, é apresentada a classificação dos 40 fundos analisados, em ordem decrescente de SRG obtido.






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