Dívida da Petrobras recua 29,1% desde o seu maior nível em 2015

Endividamento da Petrobras foi fortemente influenciado pelo comportamento do dólar. Pela primeira vez na história Apple tem dívida maior que a Petrobras, porém, é muito mais rentável

Economatica (Provedora de informações financeiras) verifica que a dívida bruta da Petrobras no 3° trimestre de 2017 é de R$ 359 bilhões, voltando a níveis de dezembro de 2014 quando a empresa registrou R$ 351 bilhões.

O maior nível de endividamento da Petrobras aconteceu no 3° trimestre de 2015 com R$ 507 bilhões. A queda do endividamento entre o maior nível atingido e o 3° trimestre de 2017 é de R$ 147 bilhões ou 29,1%. A dívida líquida tem queda pelo oitavo trimestre consecutivo com R$ 279 bilhões no 3° trimestre de 2017. O caixa da empresa tem ligeira queda no 3° trimestre de 2017 com relação ao 2° trimestre no mesmo ano, fechando em R$ 80 bilhões.

Influência do dólar na queda do endividamento da Petrobras

O gráfico abaixo mostra a evolução da dívida total bruta da Petrobras e o comportamento do dólar Ptax venda. Podemos observar uma correlação muito elevada entre as duas componentes. A queda da dívida bruta da empresa entre o 3° trimestre de 2015 (maior valor registrado) e o 3° trimestre de 2017 é de 29,1% e no mesmo período o dólar Ptax venda recuou 20,26%.

Maiores dívidas considerando empresas estrangeiras listadas nos USA e Latam

Utilizando a base de dados de empresas de capital aberto dos USA e as empresas estrangeiras com ADRs listadas nos USA verificamos que a empresa com o maior endividamento é a Toyota do Japão com US$ 176,5 bilhões, seguida pela AT&T dos USA. A Petrobras é a oitava empresa com maior estoque de dívida bruta da amostra e a Apple é a sétima com maior estoque de endividamento.

O gráfico abaixo mostra a evolução da dívida bruta da Apple e da Petrobras desde o 1° trimestre de 2013, data em que a Apple não tinha nenhum endividamento.

A rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) da Apple no 3° trimestre de 2017 é de 36,8% contra 3,23% da Petrobras. Em todos os trimestres da amostra o ROE da Apple foi superior a 29%, já a Petrobras em oito dos 19 trimestres da amostra registra ROE positivo e em 11 trimestres ROE negativo.

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