A amostra registra dados nos anos fechados de 2000 a 2018 e o primeiro trimestre de 2019.
Para fazer parte da amostra a empresa precisa ter os dados disponíveis em todas as datas pesquisadas.
Os cálculos são efetuados da seguinte maneira:
Dívida bruta:
= Total de empréstimos e financiamentos de CP + Total de empréstimos e financiamentos de LP Dívida Líquida:
= Dívida bruta – Caixa e equivalentes de caixa – Aplicações Financeiras
Dívida de CP:
= Total de empréstimos e financiamentos de CP
Conclusões
O gráfico abaixo registra a evolução do endividamento de 240 empresas não financeiras de capital aberto brasileiras (desconsiderando a Petrobras, pois a empresa distorce a amostra pelo elevado volume) e verificamos que no primeiro trimestre de 2019 o volume total da dívida das empresas é de R$ 909,0 bilhões, que é o maior valor registrado nas datas da amostra.
Em dezembro de 2010 o endividamento das empresas da amostra era de R$ 421,6 bilhões, o que representa crescimento de R$ 487,4 bilhões ou 115,6% no primeiro trimestre de 2019.
A partir de 2016 o endividamento das empresas da amostra vem crescendo continuamente.
A dívida total líquida das empresas da amostra no primeiro trimestre de 2019 é de R$ 650,5 bilhões, valor este que ultrapassou o maior anteriormente registrado em dezembro de 2015 quando as empresas apresentaram R$ 609,7 bilhões de dívida total líquida.
A dívida de curto prazo da amostra registra R$ 159,4 bilhões, o maior valor foi no final de 2017 com R$ 221,0 bilhões.
O caixa das empresas tem queda de dezembro de 2018 para março de 2019 quando registram R$ 258,4 bilhões.
Os setores com maior estoque de endividamento
Na tabela abaixo consolidamos o endividamento das empresas de capital aberto por setor. Listamos 23 setores, dos quais o setor de Petróleo e Gás com sete empresas registra R$ 447,5 bilhões de dívida bruta, o número fica praticamente por conta da Petrobras que em março de 2019 registrou R$ 413,0 bilhões de dívida bruta. O setor sem a Petrobras tem R$ 34,5 bilhões de dívida.
No período analisado, dos 23 setores sete estão no seu maior valor em março de 2019. O setor de Energia Elétrica se encontra nesse grupo, sendo o segundo setor com maior estoque de dívida com R$ 234,5 bilhões.
Dívida de curto prazo por setores
O setor com o maior volume de dívida de curto prazo em março de 2019 é o de Energia Elétrica com R$ 42,01 bilhões, seguido pelo setor de Petróleo e gás com R$ 42,0 bilhões.
O setor de Mineração é o setor que registra o maior crescimento percentual da sua dívida de CP; entre dezembro de 2018 e março de 2019 o setor registra crescimento de 185,91%.
As empresas de Educação diminuíram a sua dívida de curto prazo no primeiro trimestre de 2019 com relação ao fechamento de 2018 registrando queda de -31,32%.
Caixa por setores
Oito dos 23 setores da amostra registram crescimento do seu caixa no primeiro trimestre de 2019 com relação a dezembro de 2018. O setor de Software e dados com duas empresas é o que mais aumentou o seu caixa com 143,86% de crescimento. Já o setor de Papel e Celulose viu seu caixa diminuir em 56,15% no primeiro trimestre de 2019 com relação ao final de 2018.
As empresas com maior estoque de dívida bruta
A tabela abaixo apresenta as 20 empresas com maior volume de endividamento no primeiro trimestre de 2019. O setor de Energia Elétrica tem cinco empresas entre as 20 mais endividadas da bolsa brasileira.
As empresas com maior estoque de dívida de curto prazo
Dois setores lideram a lista das 20 empresas com maior estoque de dívida de curto prazo: o setor de Alimentos e Bebidas e o setor de Energia Elétrica têm cinco empresas cada.
A Vale é a empresa que entre as 20 maiores registra o maior crescimento no primeiro trimestre de 2019 com relação ao final de 2018. A empresa viu sua dívida de curto prazo disparar de R$ 3,88 bilhões em dezembro de 2018 para R$ 11,43 bilhões no primeiro trimestre de 2019.
A Minerva foi na contramão da Vale e no primeiro trimestre de 2019 a empresa viu sua dívida de curto prazo despencar em 20,9% com relação ao final de 2018.
As empresas com maior estoque de caixa no primeiro trimestre de 2019
O setor de Alimento e bebidas tem cinco empresas na lista das 20 empresas com maior estoque de caixa no primeiro trimestre de 2019.
A Suzano é a empresa que registrou a maior queda percentual do estoque de caixa no primeiro trimestre de 2019 com relação ao final de 2018. A queda foi de 73,4%.
Cinco empresas têm caixa acima de R$ 10 bilhões em março de 2019.
Petrobras – Evolução do endividamento e caixa
A dívida da Petrobras no primeiro trimestre de 2019 com relação a dezembro de 2018 registra crescimento de 26,4%. O caixa da empresa ficou menor em 29,6% e a sua dívida de curto prazo aumentou em 152,4%. O caixa da empresa é superior ao endividamento de curto prazo em R$ 4,76 bilhões.
O levantamento foi elaborado com base nos dados disponibilizados pelas empresas a CVM dentro do plano padrão de contas contábil definido pela autarquia. Caso deseje o levantamento completo e é assinante do nosso serviço entre em contato com nosso suporte pelo telefone 011 40813800 ou pelo e-mail info@economatica.com.br . Se ainda não é nosso cliente solicite uma apresentação ou um trial pelo mesmo canal.
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