Dívidas empresas

Dívida das empresas de capital aberto brasileiras ultrapassa R$ 900 bilhões em março de 2019.

Economatica consolida a dívida de todas as empresas de capital aberto brasileiras no período de 2000 a março de 2019.

A amostra registra dados nos anos fechados de 2000 a 2018 e o primeiro trimestre de 2019.

Para fazer parte da amostra a empresa precisa ter os dados disponíveis em todas as datas pesquisadas.

Os cálculos são efetuados da seguinte maneira:
Dívida bruta:
= Total de empréstimos e financiamentos de CP + Total de empréstimos e financiamentos de LP Dívida Líquida:
= Dívida bruta – Caixa e equivalentes de caixa – Aplicações Financeiras
Dívida de CP:
= Total de empréstimos e financiamentos de CP 

Conclusões

O gráfico abaixo registra a evolução do endividamento de 240 empresas não financeiras de capital aberto brasileiras (desconsiderando a Petrobras, pois a empresa distorce a amostra pelo elevado volume) e verificamos que no primeiro trimestre de 2019 o volume total da dívida das empresas é de R$ 909,0 bilhões, que é o maior valor registrado nas datas da amostra.

Em dezembro de 2010 o endividamento das empresas da amostra era de R$ 421,6 bilhões, o que representa crescimento de R$ 487,4 bilhões ou 115,6% no primeiro trimestre de 2019.

A partir de 2016 o endividamento das empresas da amostra vem crescendo continuamente.

A dívida total líquida das empresas da amostra no primeiro trimestre de 2019 é de R$ 650,5 bilhões, valor este que ultrapassou o maior anteriormente registrado em dezembro de 2015 quando as empresas apresentaram R$ 609,7 bilhões de dívida total líquida.

A dívida de curto prazo da amostra registra R$ 159,4 bilhões, o maior valor foi no final de 2017 com R$ 221,0 bilhões.

O caixa das empresas tem queda de dezembro de 2018 para março de 2019 quando registram R$ 258,4 bilhões.

Evolução dívidas

Os setores com maior estoque de endividamento

Na tabela abaixo consolidamos o endividamento das empresas de capital aberto por setor. Listamos 23 setores, dos quais o setor de Petróleo e Gás com sete empresas registra R$ 447,5 bilhões de dívida bruta, o número fica praticamente por conta da Petrobras que em março de 2019 registrou R$ 413,0 bilhões de dívida bruta. O setor sem a Petrobras tem R$ 34,5 bilhões de dívida.

No período analisado, dos 23 setores sete estão no seu maior valor em março de 2019. O setor de Energia Elétrica se encontra nesse grupo, sendo o segundo setor com maior estoque de dívida com R$ 234,5 bilhões.

Dívida total bruta

Dívida de curto prazo por setores

O setor com o maior volume de dívida de curto prazo em março de 2019 é o de Energia Elétrica com R$ 42,01 bilhões, seguido pelo setor de Petróleo e gás com R$ 42,0 bilhões.

O setor de Mineração é o setor que registra o maior crescimento percentual da sua dívida de CP; entre dezembro de 2018 e março de 2019 o setor registra crescimento de 185,91%.

As empresas de Educação diminuíram a sua dívida de curto prazo no primeiro trimestre de 2019 com relação ao fechamento de 2018 registrando queda de -31,32%.

Dívidade de curto prazo

Caixa por setores

Oito dos 23 setores da amostra registram crescimento do seu caixa no primeiro trimestre de 2019 com relação a dezembro de 2018. O setor de Software e dados com duas empresas é o que mais aumentou o seu caixa com 143,86% de crescimento. Já o setor de Papel e Celulose viu seu caixa diminuir em 56,15% no primeiro trimestre de 2019 com relação ao final de 2018.

Caixa por setores

As empresas com maior estoque de dívida bruta

A tabela abaixo apresenta as 20 empresas com maior volume de endividamento no primeiro trimestre de 2019. O setor de Energia Elétrica tem cinco empresas entre as 20 mais endividadas da bolsa brasileira.

Maiores por dívida

As empresas com maior estoque de dívida de curto prazo

Dois setores lideram a lista das 20 empresas com maior estoque de dívida de curto prazo: o setor de Alimentos e Bebidas e o setor de Energia Elétrica têm cinco empresas cada.

A Vale é a empresa que entre as 20 maiores registra o maior crescimento no primeiro trimestre de 2019 com relação ao final de 2018. A empresa viu sua dívida de curto prazo disparar de R$ 3,88 bilhões em dezembro de 2018 para R$ 11,43 bilhões no primeiro trimestre de 2019.

A Minerva foi na contramão da Vale e no primeiro trimestre de 2019 a empresa viu sua dívida de curto prazo despencar em 20,9% com relação ao final de 2018.

Maiores por dívida

As empresas com maior estoque de caixa no primeiro trimestre de 2019

O setor de Alimento e bebidas tem cinco empresas na lista das 20 empresas com maior estoque de caixa no primeiro trimestre de 2019.

A Suzano é a empresa que registrou a maior queda percentual do estoque de caixa no primeiro trimestre de 2019 com relação ao final de 2018. A queda foi de 73,4%.

Cinco empresas têm caixa acima de R$ 10 bilhões em março de 2019.

Maiores por caixa

Petrobras – Evolução do endividamento e caixa 

A dívida da Petrobras no primeiro trimestre de 2019 com relação a dezembro de 2018 registra crescimento de 26,4%. O caixa da empresa ficou menor em 29,6% e a sua dívida de curto prazo aumentou em 152,4%. O caixa da empresa é superior ao endividamento de curto prazo em R$ 4,76 bilhões.

Evolução dívida petrobrás

O levantamento foi elaborado com base nos dados disponibilizados pelas empresas a CVM dentro do plano padrão de contas contábil definido pela autarquia. Caso deseje o levantamento completo e é assinante do nosso serviço entre em contato com nosso suporte pelo telefone 011 40813800 ou pelo e-mail info@economatica.com.br . Se ainda não é nosso cliente solicite uma apresentação ou um trial pelo mesmo canal.






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