Dividendos distribuídos pelas empresas de capital aberto têm queda de 29% em 2020. Bancos têm queda de 47%. Vale é quem mais distribuiu dividendos em 2020. Taesa tem o melhor dividend yield da década.

No levantamento consideramos somente empresas com dados disponíveis em todos os anos da década fechada em 2020. Empresas listadas após 31 de dezembro de 2011 não fazem parte da amostra.

Todos os cálculos são em R$, sem nenhum ajuste pela inflação. Caso necessário é possível fazer esse levantamento considerando o ajuste por inflação.

Para o levantamento consideramos as DFP´s entregues pelas empresas à CVM, que considera o volume de dividendos e JCPS distribuídos pelas empresas dentro do fluxo de caixa.

Evolução da distribuição de dividendos na década

A amostra considera 246 empresas com dados em todos os anos de 2011 até 2020, excluímos da amostra a Vale porque no ano de 2020 tem um volume de dividendos distribuídos muito extraordinário.

O volume distribuído em 2020 em dividendos e JCP´s pelas 246 empresas é de R$ 91,3 bilhões, valor 29,3% inferior ao do ano de 2019 ou R$ 37,8 bilhões menor.

O ano de 2019 foi o ano em que registramos o maior volume distribuído na amostra, com R$ 129,1 bilhões. O volume distribuído vinha em uma crescente nos últimos 3 anos, desde 2016, quando o volume foi de R$ 66,9 bilhões.

Na década tivemos dois momentos de crescimento de dividendos, o primeiro entre 2012 e 2014 e o segundo entre 2016 e 2019.

O pior momento aconteceu no ano de 2016 quando as empresas distribuíram R$ 66,9 bilhões.

De 2016 até o ano de 2019 o crescimento foi de 36,4%.

Os setores que mais distribuem dividendos

O setor de Bancos sempre esteve na liderança de distribuição de dividendos e JCP´s em toda a década. A segunda posição é dividida por três setores na década, entre 2011 e 2014 e em 2019 o setor de energia elétrica esteve na segunda posição. Entre 2015 e 2017 o setor de Alimentos & bebidas assumiu esta posição e o setor de mineração foi o segundo colocado em 2018 e em 2020. Esta posição considerando na amostra a Vale no setor de mineração.

Em 2020, oito dos 27 setores analisados registram crescimento na distribuição de dividendos e JCP´s com relação ao ano de 2019.

Oito setores têm mais de 50% de redução entre 2019 e 2020. O setor químico com -83,6% é o que registra a maior queda percentual. O setor bancário, que tem o maior volume financeiro da amostra, registra queda de -47,7%.

Seis setores atingem o maior valor de dividendos e JCP´s distribuídos na década no ano de 2020, eles são os setores de Mineração, Seguradoras & corretoras de seguros, Construção, Água, esgoto & outros sistemas, Bolsa valores & commodities e Máquinas industriais.

Quatro setores atingem o menor valor em 2020 da década e são: Software & Dados, Papel & Celulose, Veículos & Peças e Minerais não Metálicos.

As empresas com maior volume de dividendos e JCP´s distribuídos em 2020

A lista é encabeçada pela Vale com R$ 18,7 bilhões, seguida pelo ItauUnibanco e Santander Brasil.

Na amostra das 20 maiores distribuidoras temos, com quatro empresas, os setores de Bancos e Energia Elétrica. Alimentos & Bebidas participam com três empresas, Petróleo & Gás e Telecomunicações com duas empresas e outros cinco setores com uma só empresa.

Oito empresas no ano de 2020 atingem o maior valor distribuído em dividendos e JCP’s da década: Vale, Santander BR, B3, CPFL Energia, Tim, Taesa, Copasa e Cyrela Realt.

Somente o Bradesco registra o menor volume distribuído de dividendos e JCP´s da década no ano de 2020.

Dividend Yield

Paralelamente elaboramos o levantamento da evolução da mediana do dividend yield da década. A amostra é variável porque consideramos todas as ações presentes em cada data que tenham distribuído algum dividendo ou JCP.

O melhor momento da década aconteceu no ano de 2011, quando a mediana foi de 3,32% e o pior momento em 2020, com 1,30% de mediana.

Temos diminuição do dividend yield entre 2018 e 2020, entre 2015 e 2017 e entre 2011 e 2013.

Os crescimentos acontecem entre 2013 e 2015 e entre 2017 e 2018.

Devemos salientar que o cálculo do dividend yield no ano de 2021 é no dia 31 de março e que embora mostre uma recuperação significativa com relação ao ano de 2020, ele é maquiado, pois tem como referência para o cálculo o dia 31 de março de 2020, momento em que o índice Ibovespa e a grande maioria dos ativos da bolsa atingiram o pior momento da pandemia, ficando com preços baixos.

Assim, o dividend yield em 2021 aparenta crescimento, porque no cálculo o preço da ação entra como denominador e quanto menor é esse valor, maior é o resultado do indicador.

As ações com melhor desempenho de dividend yield na década

O levantamento foi efetuado com ações presentes em todos os anos da amostra e que obrigatoriamente tenham distribuído dividendos ou JCP´s em todos os períodos e que tenham tido presença em pelo menos 90% dos pregões da década.

Listamos as 20 ações com melhor mediana, que é liderada pela Unit da Taesa, TAEE11, com mediana de 12,43%. O menor dividend yield da década da TAEE11 foi de 8,01% e o maior de 27,64%.

A ação preferencial da Cemig CMIG4 é a segunda da lista, com mediana de 9,09%.

Dez ações têm mediana acima de 5%.

Na amostra das vinte melhores, temos sete ações de Energia elétrica, seis de Bancos, duas de Minerais metálicos e cinco setores aparecem com uma ação.

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