Evolução mensal do Dividend Yield médio dos índices IBOV, IDIV e IFIX: Setembro de 2022

Utilizando o complemento Add-In para Excel da plataforma Economatica nós elaboramos um estudo comparativo do dividend yield (DY) médio ponderado por mês do Índice Bovespa (IBOV), Índice de Dividendos (IDIV) e Índice de Investimento em Fundos Imobiliários (IFIX).

O cálculo considera o DY dos últimos 12 meses ao final de cada mês e sua ponderação pelo peso de cada ativo no índice daquele mês.

1. IBOV x IDIV x IFIX

O gráfico a seguir apresenta a variação do DY de cada índice e sua média histórica nos últimos 10 anos até o mês de setembro de 2022.
Em setembro, o dividend yield (DY) médio ponderado nos últimos 12 meses do Ibovespa (IBOV) foi 10,94%. Esse alto percentual é influenciado pelos elevados dividendos pagos por Vale e Petrobrás nos últimos meses. A média dos últimos 10 anos desse DY é de 4,25%.

O DY médio ponderado do Índice de Dividendos (IDIV) foi 13,17%, acima da média de 7,03% nos últimos 10 anos. Já o DY médio ponderado do Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) foi de 11,08%, também acima de sua média de 7,65% nos últimos 10 anos.

Comparando as médias de DY desses índices, percebe-se que o IFIX mantém uma média anual (7,65%) maior que o IDIV (7,03%) e o IBOV (4,25%).

No gráfico é possível perceber uma queda abaixo da média no DY de todos os índices entre nov/2019 e o pior momento em fev/2021. Em setembro de 2022, o IFIX chegou ao maior DY dessa série, com 11,08%. O DY do IDIV também está em seu topo histórico.

2. IFIX x NTN-B

O gráfico a seguir apresenta a variação do DY mensal ponderado do IFIX em relação à taxa de juros do título público NTN-B com vencimentos em 2023 e 2035.

Em setembro de 2022, as taxas de remuneração dos títulos públicos mantiveram seus movimentos de ascensão e distanciamento de suas médias históricas, assim como o DY do IFIX também, mantendo sua vantagem sobre os demais.
O DY do IFIX chegou a 11,08%, diante da média de 7,65% nos últimos 10 anos. Enquanto isso, a NTN-B 2023 teve taxa de 8,17% (média de 4,70%) e a NTN-B 2035 teve taxa de 5,94% (média de 5,19%).

3. IBOV x Índices Setoriais

O gráfico a seguir apresenta a variação do DY do Ibovespa, inclusive sem Vale e Petrobrás, e dos principais índices setoriais em termos de dividendos.

A área cinzenta do gráfico apresenta a variação do DY do IBOV, sendo a linha tracejada em preta o DY do IBOV sem Vale e Petrobrás, que distribuíram volumes elevados de dividendos nos últimos meses. É possível observar a diferença entre essas variáveis, sendo o DY de setembro do IBOV 11,08%, caindo para 2,88% sem Vale e Petrobrás.
Analisando o DY ponderado dos índices setoriais, o DY do setor de energia elétrica (IEE) foi 6,26%, de utilidade pública (UTIL) foi 5,46%, do financeiro (IFCN) foi 5,17% e de imobiliário (IMOB) foi 2,59%.

4. Maiores DY do Ibovespa

A tabela a seguir destaca o DY acumulado em 12 meses para as ações. Para esta análise listamos os papéis com DY disponíveis nos últimos 3 anos, tendo como base o mês de setembro. A classificação de maior DY é feita com base no mês mais recente
A Petrobrás continua como destaque, com a PETR4 (61,11%) e a PETR3 (59,11%) com maiores DY, considerando os dividendos pagos nos últimos 12 meses e o preço das ações no final do mês. As medianas do DY dessas ações nos últimos 3 anos são de 12,25% e 12,15%, respectivamente.

A terceira ação no ranking é a Metalúrgica Gerdau com 18,52%, e a quarta ação é a Copel com 16,07%.

5. Maiores DY do IFIX

A tabela a seguir destaca o DY acumulado em 12 meses os FIIs. Para esta análise listamos os fundos imobiliários com DY disponíveis nos últimos 3 anos, tendo como base o mês de setembro (fica na lista apenas fundos com dados nos 3 anos). A classificação de maior DY é feita com base no mês mais recente.
O fundo ARCT11 foi aquele com maior DY em setembro (17,94%), considerando os dividendos pagos nos últimos 12 meses, tendo uma mediana de 16,47% nos últimos 3 anos.

A segunda posição é do OUJP11, com 16,06%, seguido pelo PORD11 com 15,48%. Entre os fundos do TOP 10, todos tiveram DY superiores a 14% ao ano, tendo como base set/2022, além de mediana de DY nos últimos 3 anos acima de 8,4%.

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