imagem capa

Lucros das Empresas Não Financeiras no 2º Trimestre de 2022

Levantamento realizado pela Economatica mostra que os lucros das empresas não financeiras caiu -28,5% no 2º trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Se retirarmos a Petrobras, a Vale e a Suzano desse grupo, por terem lucros muito acima da média das outras empresas, a queda entre 2T21 e 2T22 passa para -51,5%.

O levantamento considera as demonstrações financeiras entregues à CVM até o dia 02 de setembro de 2022. São consideradas nesta análise 346 empresas com dados disponíveis para os 2ºs trimestres de 2021 e 2022. Os valores são analisados no padrão contábil exigido pela CVM, sem nenhum tipo de ajustes extraordinários ou de inflação.
Resumo dos Indicadores Financeiros

A soma das Receitas Líquidas do 2T22 das 335 empresas não financeiras que dispunham de dados para análise em 02 de setembro de 2022 chegou a R$ 1,079 trilhão, crescendo 20,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No acumulado de 2022, as empresas chegaram a R$ 1,999 trilhão, com crescimento de 21,6% ano-a-ano.

O total de EBITDA dessas empresas no 2T22 foi de R$ 291,6 bilhões, com crescimento de apenas 5,1% frente a 2T21. Em 2022, o EBITDA acumulado total chega a R$ 560,1 bilhões (+12,0%).
Em termos de Lucro Líquido, a soma dos resultados leva a um lucro de R$ 122,3 bilhões no 2T22, uma queda de -28,4% em relação a 2T21. No ano, o acumulado é de R$ 263,8 bilhões (+11,7%).

A soma dos lucros de Petrobras, Vale e Suzano no 2T22 é R$ 84,5 bilhões, uma queda de -9,1% em relação aos R$ 93,0 bilhões de 2T21, especialmente devido à queda nos lucros da Suzano. Mesmo assim, percebe-se que essas três empresas respondem por cerca de 69,1% do total de lucros das empresas não financeiras no 2T22.

O Valor de Mercado total dessas 335 empresas chegou a R$ 2,952 trilhões, ante R$ 4,052 trilhões em 2T21. Isso representa uma retração de -27,2%.

Por outro lado, a Dívida Bruta dessas no final do 2T22 era de R$ 1,931 trilhão, contra 1,687 trilhão de um ano antes (+14,4%). Já a Dívida Líquida dessas empresas aumentou +18,7% no ano-a-ano, chegando a R$ 1,261 trilhão.
A análise da mediana dos principais indicadores de desempenho mostra uma queda em todos os principais indicadores entre o 2T21 e o 2T22.

A mediana da Margem Bruta trimestral caiu -1,21 pontos percentuais entre o segundo trimestre de 2021 e de 2022. Considerando a margem dos últimos 12 meses, a queda foi de 1,19%.

A mediana da Margem EBITDA trimestral em 2T22 foi de 16,7%, caindo -2,63 pontos percentuais no comparativo trimestral e -2,07 p.p. quando considerada a margem dos últimos 12 meses.

A mediana da Margem Líquida no 2T22 foi 5,2%, com queda de -4,44 p.p. no comparativo trimestral e queda de -1,73 p.p. quando considerada a margem dos últimos 12 meses.

A mediana do ROE trimestral das empresas caiu de 3,58% para 2,50%. Já a mediana do ROE nos últimos 12 meses caiu de 16,0% para 14,5%.

Lucros das Empresas por Setores

A tabela a seguir apresenta uma síntese dos lucros das empresas não financeiras de acordo com o Subsetor Bovespa, destacando os 25 setores com maior volume de lucros.

A análise considera todas as empresas de cada setor, com destaque para os setores de Petróleo, Mineração e Madeira e Papel sem os efeitos de Petrobras, Vale e Suzano.

O setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis com 13 empresas é aquele com maior lucro acumulado no 2º trimestre de 2022, com cerca de R$ 56,0 bilhões, valor 23,4% superior àquele do mesmo período de 2021. Sem Petrobras, houve queda de -34,7% nos lucros das empresas.

A segundo setor com maior lucro foi Mineração, com 6 empresas e R$ 33,0 bilhões de lucro, mas com queda de -28,2% ante o 2T21. Sem a Vale, esse resultado seria uma retração ainda maior, de -49,6%.

Energia Elétrica tem 40 empresas e é o setor com o terceiro maior lucro, com R$ 8,9 bilhões. Entre 2T21 e 2T22 houve uma queda de -34,4%.
Dos 25 setores em destaque, apenas quatro deles tiveram crescimento dos lucros, sendo: Petróleo, Gás e Biocombustíveis (+23,4%), Alimentos Processados (+33,7%), Bebidas (+2,9%) e Embalagens (+22,2%).

Considerando o EBITDA dos setores, 14 dos 25 setores tiveram aumento de EBITDA. O destaque foi Hotéis e Restaurantes, com aumento de +230,7%.

Do lado da Receita Líquida, apenas os setores de Mineração (-38,4%) e Utilidades Domésticas (-3,8%) tiveram queda na receita.


Empresas com Maiores Lucros

A tabela a seguir desta as 25 empresas com maiores lucros no 2º trimestre de 2022.

O TOP 5 é formado por Petrobras (R$ 54,3 bi), Vale (R$ 30,0 bi), Gerdau (R$ 4,3 bi), Marfrig (R$ 4,3 bi) e JBS (R$ 4,0 bi).

Outras cinco empresas tiveram lucros acima de R$ 1 bilhão no trimestre.

Na lista das 25 com maiores lucros, 13 empresas tiveram aumento de lucro entre 2T21 e 2T22. No acumulado do ano, 12 empresas possuem lucros acumulados maiores do que mesmo período de 2021.
Empresas com Maiores Prejuízos

A tabela a seguir destaca as 25 empresas não financeiras com maiores prejuízos no 2º trimestre de 2022.

O maior prejuízo foi da Gol, com -R$ 2,9 bilhões de prejuízo, revertendo o lucro de R$ 0,643 bilhão em 2T21. A segunda posição também é de uma empresa aérea, a Azul, que teve um prejuízo de -R$ 2,5 bilhões.

A Braskem é a terceira colocada, com prejuízo de -R$ 1,4 bilhão.

Das 25 empresas, apenas três tiverem redução de prejuízo entre 2T21 e 2T22. No acumulado do ano, 17 das 25 empresas acumulam prejuízo.
Caso deseje personalizar um estudo e seja usuário da nossa solução, entre em contato com nosso suporte pelo telefone (11) 4081-3800 ou pelo e-mail info@economatica.com.br para que possamos lhe auxiliar na elaboração do. Se ainda não for usuário da nossa plataforma, solicite um trial.





ESTUDOS RELACIONADOS

A Ascensão dos Fundos de Previdência.

No Brasil, os fundos de previdência surgem como uma ferramenta valiosa para...

Leia mais

15 de março de 2024 | Por Economatica

Market Timing ou Tempo de Mercado?

Um dos principais desafios para investidores é tentar superar o mercado por...

Leia mais

8 de março de 2024 | Por Economatica

O Avanço das Debêntures Incentivadas.

Descubra como a Lei 14.801/2024 está impulsionando investimentos sustentáveis. Acesse o estudo completo da Economatica para uma análise detalhada para entender seu perfil no mercado financeiro e o fluxo de recursos para as novas debêntures.

Leia mais

4 de março de 2024 | Por Economatica